O Ministério Público deflagrou na manhã desta terça-feira (9) uma operação de combate à corrupção em todo o país. Em seis meses de investigação com órgãos parceiros, estima-se o desvio de pouco mais de R$ 1 bilhão em movimentação financeira, sendo R$ 500 mil em Mato Grosso do Sul.
O esquema ocorre com a liberação de CNH´s (Carteira Nacional de Habilitação), sendo que os homens do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), MPE/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e PRF (Polícia Rodoviária Federal), em seis meses de investigação, garantem ter conversas ‘reveladoras’ e provas contra os suspeitos.
Estão sendo cumpridos sete mandados de prisão e seis mandados de busca e apreensão domiciliar, expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Fátima do Sul. Eles acontecem simultaneamente nas cidades de Anastácio, Aquidauana, Nioaque, Sidrolândia e Jateí, todas em Mato Grosso do Sul, e Cuiabá (MT).
Desde o início das investigações, foi constatado a existência de uma quadrilha responsável pela emissão fraudulenta de CNH´s, bem como de certificados de Cursos de Transporte de Cargas Perigosas, Transporte de Passageiros e Coletivos.
No país, são 12 Estados participantes: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo.
Ao todo, o efetivo é de 158 promotores de justiça e 1,3 mil policiais federais, rodoviários, civis, militares, servidores de Tribunais de Contas, Controladoria-Geral da União, Receitas Federal e Estaduais, visando cumprir 92 mandados de prisão, 337 mandados de busca e apreensão, 65 mandados de bloqueio de bens, e 20 mandados de afastamento das funções públicas, expedidos pelo Poder Judiciário.
As verbas públicas sob investigação, somadas, ultrapassam um bilhão e cento e quarenta milhões de reais, envolvendo desvios em órgãos municipais e estaduais, pagamento de propinas, superfaturamento de produtos e serviços, utilização de empresas fantasmas, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, enriquecimento ilícito de agentes públicos e outros suspeitos, inclusive empresários.
No Estado, a operação denominada ‘risco duplo’ apurou que cada habilitação era vendida por valores que variavam entre R$ 1.5 mil e R$ 3 mil. Já os certificados de curso eram vendidos pelo valor de R$ 400. Estima-se que em menos de três meses a quadrilha tenha comercializado cerca de cinquenta habilitações.
Os investigados, todos ligados a Autoescolas e Centros de Formação de Condutores, responderão pelos crimes de falsificação de documento público, falsidade ideológica e formação de quadrilha, cujas penas somadas podem ultrapassar os dez anos de prisão.
Participam da ação em Mato Grosso do Sul três Promotores de Justiça, 58 Policiais Rodoviários Federais e 10 Policiais Militares do Gaeco. Ainda, estão sendo empregadas nos trabalhos 26 viaturas e uma aeronave.
Os presos serão encaminhados até a sede do Gaeco em Campo Grande para serem ouvidos em declarações, juntamente com o material apreendido pelas equipes.
|
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não aceitamos coméntarios onfensivos a pessâs em particular.Use da moderação.O bom senso cabe em todo lugar.Você pode discordar de nossas opiniãoes e é um direito seu,mas atacar pessôas,mencionando nomes é covardia.