Profissão de Fé do Blog.

Profissão de Fé do Blog "Creio em um só Deus, Pai onipotente, Criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. E em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai, antes de todos os séculos. Deus de Deus, Luz de Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro. Gerado, mas não feito, consubstancial ao Pai, pelo qual foram feitas todas as coisas. Ele, por causa de nós, homens, e nossa salvação, desceu dos céus. E se incarnou por obra do Espírito Santo, da Virgem Maria. E se fez homem. Foi também crucificado por nós; sob Pôncio Pilatos, padeceu e foi sepultado. E ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Subiu ao céu, está sentado à direita do Pai, de onde há de vir segunda vez, com glória, a julgar os vivos e os mortos; e seu reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, que é Senhor e Fonte da Vida e que procede do Pai e do Filho. Com o Pai e o Filho é juntamente adorado e glorificado, e é o que falou pelos Profetas. Também a Igreja, una, santa, católica e apostólica. Confesso um Batismo para remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos, e a vida do século futuro." Amém.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

A Infalibidade do magistério da igreja.


"141. Infalibilidade do magistério.

O magistério eclesiástico no anunciar a verdade divina é infalível. - (De fé)

Explicação. - A infalibilidade do magistério eclesiástico consiste nisto que, nos seus atos essenciais quer anuncie simplesmente a verdade, quer decida judicialmente as controvérsias doutrinais, não se pode "afastar do depósito da fé" (depositum fidei, I Tim 6,20; II Tim 1,14), como não lhe pode acrescentar ou tirar alguma verdade. Da infalibilidade ativa do magistério eclesiástico resulta a infalibilidade passiva do conjunto da Igreja, de modo que todos os fiéis, recebendo a fé do magistério, estão certos de possuir a verdade completa, e nesta convicção, não podem enganar. Este dogma foi contestado pelos protestantes, particularmente por Calvino (os concílios = os oráculos de Satanás); e também pelos Gregos, no sentido que explicaremos no fim do parágrafo.

A infalibilidade ativa pode ser essencial ou participada. Aquela, que pertence a Deus somente, chama-se infalibilidade absoluta, porque se refere às verdades de toda a ordem e funda-se no conhecimento absoluto do próprio Deus. A infalibilidade participada é um dom de Deus ao magistério estabelecido na Igreja, um carisma; e diz-se relativo em oposição à absoluta, pois estende-se somente às reveladas por Deus sobrenaturalmente.

Esta infalibilidade não é uma qualidade inerente à alma, que a torna capaz de emitir declarações doutrinais infalíveis, mas consiste numa ação toda particular da providência que preserva, no anúncio das verdades reveladas, de todo erro a fé e a moral. A teologia chama esta providência de particular de assistência divina e enquanto preserva do erro, assistência negativa. A infalibilidade não consiste portanto na Revelação positiva de novas verdades, mas é concedida pelo ensinamento das verdades já reveladas. Ela distingue-se também da inspiração necessária para a redação escrita dos livros sagrados, que contém a Revelação; por consequência não comporta uma positiva iluminação da Igreja, como a exigida pela inspiração do hagiógrafo. Para a infalibilidade é suficiente uma assistência puramente negativa, cujo único fim é preservar de todo erro o ensinamento do depósito da fé, que ficou completo, à morte dos Apóstolos, e assegurar aos fiéis uma absoluta certeza na sua fé. Explicando assim a assistência negativa não queremos absolutamente negar a possibilidade, da parte de Deus, de conceder à Igreja uma assistência positiva, de modo que emita suas declarações em tempo oportuno, quando as circunstâncias o exigem.

Assim, concebida a infalibilidade não garante uma insenção de erro pessoal, em qualquer questão, como nas naturais, que não têm relação com o ensinamento da Revelação; muito menos importa a ingridade moral pessoal, como afirma por vezes uma polêmica desonesta ou fundada sobre o falso.

A infalibilidade da Igreja foi afirmada desde os primórdios do cristianismo, como uma verdade de fé. O Concílio Vaticano supõe-na na definição da infalibilidade particular do papa; de fato, compara a infalibilidade do Papa à da Igreja e a identifica com ela: "O Romano Pontífice goza daquela infalibilidade de que o divino Redentor quis que fosse dotada a sua Igreja nas suas decisões sobre a fé e os costumes" (S. 4., c. 4, Denz. 1838) - (Bartmann, Teologia Dogmática, Vol. II, pág. 452-453).

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