Profissão de Fé do Blog.
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"Creio em um só Deus, Pai onipotente, Criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. E em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai, antes de todos os séculos. Deus de Deus, Luz de Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro. Gerado, mas não feito, consubstancial ao Pai, pelo qual foram feitas todas as coisas. Ele, por causa de nós, homens, e nossa salvação, desceu dos céus. E se incarnou por obra do Espírito Santo, da Virgem Maria. E se fez homem. Foi também crucificado por nós; sob Pôncio Pilatos, padeceu e foi sepultado. E ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Subiu ao céu, está sentado à direita do Pai, de onde há de vir segunda vez, com glória, a julgar os vivos e os mortos; e seu reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, que é Senhor e Fonte da Vida e que procede do Pai e do Filho. Com o Pai e o Filho é juntamente adorado e glorificado, e é o que falou pelos Profetas. Também a Igreja, una, santa, católica e apostólica. Confesso um Batismo para remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos, e a vida do século futuro."
Amém.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Infalibilidade do magistério em comunhão com o Papa.
A infalibilidade do magistério eclesiástico consiste nisto que,nos seus atos essenciais quer anuncie simplesmente a verdade,quer decida judicialmente as controvérsias doutrinais,não se pode "afastar do depósito da fé"(depositum fidei,I Tim.6,20;II Tim.1,14),como não lhe pode acrescentar ou tirar alguma verdade.Da infalibilidade ativa do magistério eclesiástico resulta a infalibilidade passiva do conjunto da igreja,de modo que todos os fiéis,recebendo a fé do magistério,estão certos de possuir a verdade completa e,nesta convicção,não podem enganar.Êste dogma foi contestado pelos protestantes,particularmente Calvino que chamou os concílios de oráculos de Satanás;e tambem os Gregos,no sentido que explicaremos no fim do parágrafo.A infalibilidade ativa pode ser essencial ou participada.Aquela que pertence a Deus sòmente,chama se também infalibilidade absoluta,porque se refere às verdades de tôda ordem e funda se no conhecimento absoluto próprio de Deus.A infalibilidade participada é um dom de Deus ao magistério estabelecido na igreja,um carisma;e diz se relativa em oposição à absoluta,pois a estende se sómente às verdades reveladas por Deus sobrenaturalmente.Esta infalibilidade não é uma qualidade inerente à alma,que a torna capaz de emitir declarações doutrinárias infalíveis,mas consiste numa ação toda particular da providência que preserva,no anúncio das verdades reveladas,de todo êrro sôbre fé e moral.A teologia chama esta providência particular de assistência divina e enquanto preserva do êrro,assistência negativa.A infalibilidade não consiste portanto na revelação positiva de novas verdades,mas é concedida pelo ensinamento das verdades já reveladas.Ela distingue-se também da inspiração nescessária para a redação escrita dos livros sagrados,que contêm a revelação;por consequência não comporta uma positiva iluminação da igreja,como a exigida pela inspiração do hagiógrafo.Para a infalibilidade é suficiente uma assistência puramente negativa,cujo único fim é preservar de todo êrro o ensinamento do depósito da fé,que ficou completo,à morte dos Apóstolos,e assegurar aos fiéis uma absoluta certeza na sua fé.Explicando assim a assistência negativa não queremos absolutamente negar a possibilidade,da parte de Deus,de conceder à igreja uma assistência positiva,de modo que emita suas declarações em tempo oportuno,quando as circustâncias o exigem.Assim concebida,a infalibilidade não garante uma isenção de êrro pessoal,em qualquer questão,como nas naturais,que não tem relação com o ensinamento da revelação;muito menos importa integridade moral pessoal,como afirma por vêzes uma polêmica desonesta ou fundada sôbre o falso.A infalibilidade da igreja foi afirmada desde os primórdios do cristianismo,como uma verdade de fé.O Concílio Vaticano supõe-na definição da infalibilidade particular do Papa;de fato,compara a infalibilidade do Papa à da igreja e a identifica com ela:"O Romano Pontífice goza daquela infalibilidade de que o divino Redentor quis que fôsse dotada a sua igreja nas decisões sobre fé e os costumes"(s.4,c.4,denz.1838)Prova-Cristo expressamente prometeu à igreja dizendo aos Apóstolos:"E eis que eu estou convosco todos os dias,até o fim do mundo".(Mateus,28:20).A expressão"estou convosco",na escritura encontra se muitas vezes na bôca de Deus e sempre por ocasião do conferimento de um dever importante e difícil(êxodo,3:10-12;jz,6:14-16;Jer:1:8-19Gên.21:22;26:3;31:3-5;Jo:3:2;Atos:10:38)por tôda a parte significa que a assistência de Deus garante o sucesso da obra.Além disso,Cristo prometeu aos Apóstolos a assistência do Espírito Santo:"Êle vos ensinará tôdas as coisas e vos lembrará o que eu já vos disse"(João:14,26)"Aquele Espírito de verdade guiar-vos por tôda a verdade"(João:16,13).Os Apótolos não devem exercitar seu magistério antes de ter recebido o Espírito Santo(Lucas,24:49).Os argumentos que citaremos mais adiante para demonstrar a estabilidade da igreja,confirmarão esta prova.Querendo Cristo que a igreja durasse sempre,que fôsse imperecível,era indispensável nela criar uma instituição pela qual a fé,que da igreja mesma é o fundamento,permanecesse firme,inexpugnável e segura de qualquer alteração.O êrro não se devia poder insinuar na igreja,sôbre a qual as fôrças do inferno não devem dominar.Além disso,sua unidade e unicidade exigem a infalibilidade.De fato,a unidade da igreja não pode nascer interiormente do acordo acidental de todos os fiéis;no caso hipotético que tal unidade se realizasse,não poderia ter longa duração.Cristo devia,portanto,dar à unidade um fundamento interior,se queria aua igreja deveras compacta.A infalibilidade resulta por fim do rigor com que Cristo exige a obediência à igreja."Quem crer e fôr batizado,será salvo,quem não crer,será condenado"(Marcos,16:16)Êle não poderia exigir a fé na pregação da igreja,sob pena de perder a vida eterna,se os ouvintes tivessem a mínima possibilidade de dúvida.Assim Cristo não teme identificar se totalmente com seus discípulos quando exercem seu ministério(João3:20;Mateus,10:40;Lucas,10,16).Oa Apóstolos tem uma vívida e precisa consciência da sua infalibilidade e estão também prontos a morrer pela pregação do Evangelho."Nós e o Espírito Santo somos testemunhas da verdade destas coisas",diz São Pedro em nome dos Apótolos,diante do Sinédrio(atos5:32)E as declarações do Concílio Apostólico são assim apresentadas:"pareceu ao Espírito Santo e a nós"(Atos 19:28)São Paulo tem essa vigorosa e premente palavra"Em mim fala Cristo"(IICor.13:3);escutar sua pregação é escutar Cristo mesmo.Cristo"faz justiça àqueles que não conhecem a Deus e não obedecem ao Evangelho do Senhor Jesus Cristo"(II Tes.1:8)"Nós damos graças a contínuas graças a Deus pelo fato de que,recebendo a palavra de Deus,por nós pregada,vós aceitastes não como palavra de homem,mas como ela é verdadeiramente:como palavra de Deus"(I Tes,2:13e 2:15;II Cor.10:6)Como sustentáculo da prova,podemos ainda recordar os milagres dos Apóstolos que davam ao seu ensinamento a confirmação divina(Marcos:16,20);além disso,a idéia que os Apóstolos têm da igreja.Eles a concebem como o Corpo místico de Cristo;ora,um êrro da igreja seria também um êrro do chefe,isto é,de Cristo.São Paulo chama a Igreja:"a coluna e fundamento da verdade"(I Tim.3:15).Este estudo terá prosseguimento com a infalibilidade de São Paulo.Arcebispo Makarios,pela graça de Deus,Catholicós de todos os malankares católicos no exilio,em paz e comunhão com Sua Santidade Alejandro IX.
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