Coetus Internationalis Patrum”, que reunia toda semana centenas de consagrados, cardeais e bispos de todo o mundo para defender a fé "à luz da doutrina tradicional da Igreja e ao magistério dos Soberanos Pontífices". Tais iniciativas obstaram o avanço dos liberais, como reconheceu um deles, o P. Ratzinger.
II - Considerações
Depois de examinar o que precede, é inevitável restar atônitos ao constatar como o universo dos Bispos católicos, na sua quase totalidade, possa ter votado no Vaticano II, uma avalanche de propostas dirigidas a obter a adaptação da Igreja ao mundo moderno em absoluto e nítido contraste com a Verdade revelada por Deus e proposta autenticamente pelos Padres da Igreja no curso dos séculos, justamente para enfrentar a deliberada vontade de demolir a Igreja de Cristo.
A estas propostas foram adicionadas em seguida os numerosos documentos de autoria dos últimos três Pontífices nos quais, entre outras coisas, não é mais mencionado o dogma (1).
Em dois mil anos, a Igreja foi combatida com todos os meios possíveis: heresias, apostasias, cismas, traições, violências, martírios, massacres, destruições; mas nada conseguiu destruí-la. Ela, antes de ser uma instituição humana, é uma instituição divina, e por isto INVENCÍVEL!
Instituição divina! Eis, pois, a fórmula operativa: deformar a imagem da pessoa mesma de seu Fundador e a sua obra salvadora: o próprio Cristo. Eis o fio condutor que guia e liga a ação destes últimos três pontífices.
Começou Roncalli com a sua fórmula venenosa do: «Procuremos o que nos une e não o que nos divide». E como «aquilo» que nos divide é Jesus Cristo, não procuremos mais Jesus Cristo. Continuou depois com Montini o qual impôs um novo rito cuja estrutura tende a anular o Sacrifício redentor de Jesus Cristo, reduzindo a Santa Missa a «um discurso de socialidade».
Veio em seguida Wojtyla cuja ação levou não só ao beijo do Alcorão, pelo qual se decreta a condenação à morte para «quem diz que Cristo é o Filho de Deus», mas a lacrimejar diante do que resta do muro do Templo de Salomão, símbolo do culto daqueles que não querem reconhecer em Jesus Cristo o Messias, e do qual o próprio Cristo havia preanunciado a destruição: «Em verdade vos digo, não restará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada» (Mt. 24, 2).
E com esta tríplice, concêntrica ação, a Fé em Cristo é aniquilada!
E junto a ela, a Igreja Católica, Apostólica, Romana.
A estas propostas foram adicionadas em seguida os numerosos documentos de autoria dos últimos três Pontífices nos quais, entre outras coisas, não é mais mencionado o dogma (1).
Em dois mil anos, a Igreja foi combatida com todos os meios possíveis: heresias, apostasias, cismas, traições, violências, martírios, massacres, destruições; mas nada conseguiu destruí-la. Ela, antes de ser uma instituição humana, é uma instituição divina, e por isto INVENCÍVEL!
Instituição divina! Eis, pois, a fórmula operativa: deformar a imagem da pessoa mesma de seu Fundador e a sua obra salvadora: o próprio Cristo. Eis o fio condutor que guia e liga a ação destes últimos três pontífices.
Começou Roncalli com a sua fórmula venenosa do: «Procuremos o que nos une e não o que nos divide». E como «aquilo» que nos divide é Jesus Cristo, não procuremos mais Jesus Cristo. Continuou depois com Montini o qual impôs um novo rito cuja estrutura tende a anular o Sacrifício redentor de Jesus Cristo, reduzindo a Santa Missa a «um discurso de socialidade».
Veio em seguida Wojtyla cuja ação levou não só ao beijo do Alcorão, pelo qual se decreta a condenação à morte para «quem diz que Cristo é o Filho de Deus», mas a lacrimejar diante do que resta do muro do Templo de Salomão, símbolo do culto daqueles que não querem reconhecer em Jesus Cristo o Messias, e do qual o próprio Cristo havia preanunciado a destruição: «Em verdade vos digo, não restará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada» (Mt. 24, 2).
E com esta tríplice, concêntrica ação, a Fé em Cristo é aniquilada!
E junto a ela, a Igreja Católica, Apostólica, Romana.
* * *
Surge então espontânea a pergunta: como é possível que nós, filhos da Santa Madre Igreja, possamos assistir passivamente à continuação do que foi definido como a «auto-demolição» da Igreja?
E óbvio que não se pode explicar o mistério pelo qual três pontífices se sucederam com o deliberado propósito de atuar uma precisa política que levou à criação de uma nova Igreja, chamada justamente CONCILIAR e, portanto, não mais Católica e Apostólica, porque em continuação com os apóstolos de Jesus Cristo; uma catástrofe epocal que engendrou uma nova religião, uma nova doutrina, um novo culto.
Somente Nosso Senhor sabe como e quando intervir; a nós basta a certeza do «non praevalebunt»!(2). Porém a nós, leigos fiéis, compete preparar o testemunho segundo a lei da Igreja e orar sempre para o sucessor de Pedro, porque o Senhor «non tradat eum in animam inimicorum eius»(3), e não é permitido aceitar passivamente quanto emerge dos documentos conciliares, subestimando o alcance destrutivo deles, em tudo o que contrasta objetivamente com o ensino tradicional da Igreja, Una, Santa, Católica, Apostólica e Romana, durante vinte séculos de existência.
De nós leigos fiéis, justamente porque membros deste Corpo Místico, Jesus Cristo espera que seja testemunhado o atual estado de paixão da Igreja e de suas causas, ou seja os documentos heterodoxos produzidos de 1958 até hoje, de modo a separar a boa farinha do joio modernista, protestante e maçônico, fruto de todas as heresias condenadas até o Vaticano II.
A isto todos os fiéis são obrigados em consciência, solicitados pela exortação de S. Tomás de Aquino e de todos os Padres da Igreja, com o fim de professar a própria Fé.
Rezemos para que a Beata sempre Virgem Maria, Mãe de Deus, mediante a Sua intercessão, obtenha que o Senhor ilumine as mentes dos Pastores e preserve a Sua Santa Igreja e os fiéis dos erros dos desviados homens da Igreja.
E óbvio que não se pode explicar o mistério pelo qual três pontífices se sucederam com o deliberado propósito de atuar uma precisa política que levou à criação de uma nova Igreja, chamada justamente CONCILIAR e, portanto, não mais Católica e Apostólica, porque em continuação com os apóstolos de Jesus Cristo; uma catástrofe epocal que engendrou uma nova religião, uma nova doutrina, um novo culto.
Somente Nosso Senhor sabe como e quando intervir; a nós basta a certeza do «non praevalebunt»!(2). Porém a nós, leigos fiéis, compete preparar o testemunho segundo a lei da Igreja e orar sempre para o sucessor de Pedro, porque o Senhor «non tradat eum in animam inimicorum eius»(3), e não é permitido aceitar passivamente quanto emerge dos documentos conciliares, subestimando o alcance destrutivo deles, em tudo o que contrasta objetivamente com o ensino tradicional da Igreja, Una, Santa, Católica, Apostólica e Romana, durante vinte séculos de existência.
De nós leigos fiéis, justamente porque membros deste Corpo Místico, Jesus Cristo espera que seja testemunhado o atual estado de paixão da Igreja e de suas causas, ou seja os documentos heterodoxos produzidos de 1958 até hoje, de modo a separar a boa farinha do joio modernista, protestante e maçônico, fruto de todas as heresias condenadas até o Vaticano II.
A isto todos os fiéis são obrigados em consciência, solicitados pela exortação de S. Tomás de Aquino e de todos os Padres da Igreja, com o fim de professar a própria Fé.
Rezemos para que a Beata sempre Virgem Maria, Mãe de Deus, mediante a Sua intercessão, obtenha que o Senhor ilumine as mentes dos Pastores e preserve a Sua Santa Igreja e os fiéis dos erros dos desviados homens da Igreja.
III - Conclusão
Obviamente, não a nós, leigos, compete proclamar que o novo rito é inválido; mas, pelo alcance de suas múltiplas mutações com respeito ao Ordo Missae, temos o dever de testemunhar os desvios operados pelo Novus Ordo Missae, segundo aprofundados estudos de cardeais e fiéis teólogos católicos:
«Quando se consideram os elementos novos, suscetíveis de múltiplas interpretações que são subentendidas ou implícitas, o Novus Ordo Missae representa no seu conjunto como nos seus particulares, um impressionante afastamento da teologia católica da Santa Missa, como foi formulada na Sessão XXII do Concílio Tridentino, o qual, fixando definitivamente os «cânones» do rito, ergueu uma barreira intransponível contra toda heresia que fere a integridade do Mistério.
«Querer a todo custo pôr novamente em vigor o antigo culto, reproduzindo friamente "in vitro" o que na origem brotou de uma ação espontânea, significa cair naquele insano "arqueologismo", lúcida e oportunamente condenado por Pio XII. Pois isto equivale, como já foi infelizmente visto, a espoliar a liturgia de todas as belezas acumuladas no curso dos séculos e de todas as defesas teológicas mais que nunca necessárias neste momento crítico, talvez o mais crítico na história milenar da Igreja».(4)
Não há lugar aqui para repetir as muitas
«avaliações completas das insídias e perigos, dos elementos espiritual e psicologicamente destrutivos que o «Novus Ordo» contém, seja nos textos como nas rubricas e nas instruções».
Basta comparar neles alguns momentos da celebração, assim como já foi assinalado no já citado «Breve exame crítico...»
Definição de «Missa»
«O exame detalhado do Novus Ordo Missae revela mudanças de enorme alcance que justificam por si o juízo feito sobre a «missa normativa». O novo Ordo Missae, como a «missa normativa», foram elaborados para satisfazer sobre muitos pontos o mais modernista dos protestantes.
Eis a nova definição de Missa segundo Paulo VI:
«A Ceia do Senhor, dita também Missa, é uma sagrada reunião, isto é a assembléia do povo de Deus que se reúne, sob a presidência do sacerdote, para celebrar o memorial do Senhor. E por isto que a assembléia da Igreja local realiza de modo eminente a promessa de Cristo: "Onde dois ou três se reúnem em meu nome, eu estou no meio deles" (Mt. 18, 20).(5)
«A definição de Missa é deste modo reduzida à forma de "ceia", e isto é depois repetido em continuação. Tal "ceia" é, além disso, caracterizada pela assembléia presidida pelo sacerdote e para cumprir "o memorial do Senhor", lembrando o que Ele fez na Quinta-Feira Santa.
Tudo isto não implica:
- nem a Presença Real,
- nem a realidade do Sacrifício,
- nem a sacramentalidade do sacerdote consagrante,
- nem o valor intrínseco do Sacrifício eucarístico independentemente da presença da assembléia.
«Em breve, não implica nenhum dos valores dogmáticos essenciais da Missa, que por isto constituem a sua verdadeira definição. Aqui a omissão voluntária equivale ao seu "alheamento", que significa pelo menos na prática, a sua negação.
«Na segunda parte do mesmo parágrafo se afirma - agravando o já gravíssimo equívoco - que vale «em modo eminente» para esta assembléia a promessa de Cristo: «Onde dois ou três se reúnem em meu nome eu estou entre eles» (Mt. 18, 20). Tal promessa, que diz respeito somente à presença espiritual de Cristo com a sua graça, é posta ao mesmo nível qualitativo, salvo a maior intensidade, daquele substancial e físico da presença sacramental eucarística.»
Ofertório
«Qualquer que seja a natureza do sacrifício é essencial que seja agradável a Deus, isto é, que seja aceito como sacrifício. «No estado de pecado original, nenhum sacrifício teria direito de ser aceitável a Deus. O único sacrifício que pode e tem direito de ser aceito é aquele de Cristo. Era, pois, sumamente necessário que o Ofertório ligasse o Sacrifício da Santa Missa ao Sacrifício de Cristo.
Mas o Novus Ordo desvirtua a oferta sob uma espécie de troca de dons entre o homem e Deus: o homem traz o pão e Deus o transforma em «pão de vida»; o homem traz o vinho e Deus o transforma em «bebida espiritual»: «Bendito sejais, o Senhor, Deus do universo, pois da tua bondade recebemos este pão (ou vinho), fruto da terra (ou da vinha) e do trabalho do homem, que nós te oferecemos para que se torne pão de vida (ou bebida espiritual)».(6)
«Supérfluo é notar a absoluta indeterminação das duas fórmulas «pão de vida» e «bebida espiritual», que podem significar qualquer coisa. Encontramos aqui o mesmo e capital equívoco da definição da Missa em que Cristo está presente só espiritualmente entre os seus; aqui o pão e o vinho são «espiritualmente» (mas não substancialmente) transformados.
«Na preparação da oferta, um tal jogo de equívocos é atuado com a supressão de duas miráveis orações. «Ó Deus, que em modo maravilhoso criastes a nobre natureza do homem e ainda mais maravilhosamente a reformastes»,(7) era uma lembrança da antiga condição da inocência do homem e da sua atual condição de resgatado pelo sangue de Cristo: resumo discreto e rápido de toda a economia do Sacrifício, desde Adão até o momento presente. A oferta propiciatória final do Cálice, a fim de que se elevasse «agradável» (cum odore suavitatis) à presença da majestade divina, à qual se implora clemência, confirma miravelmente esta economia.
«Suprimindo a contínua referência a Deus da prece eucarística, não há mais distinção alguma entre sacrifício divino e humano».
«A unicidade primordial da Hóstia destinada ao Sacrifício será completamente obliterada: em tal modo a participação à imolação da Vítima torna-se uma reunião de filantropos, num banquete de beneficência.»
Consagração
Comparemos agora as palavras da Consagração.
Ordo Missae
«A antiga fórmula da Consagração é uma fórmula propriamente sacramental, e não narrativa».
«A pontuação e o caráter tipográfico com o ponto e parágrafo, que assinala a passagem do modo narrativo («manducate ex hoc omnes») ao modo sacramental e afirmativo, e as palavras sacramentais («Hoc est enim») em caracteres maiores, no centro e muitas vezes de cor diversa, davam sabiamente à fórmula um valor próprio, um valor autônomo»:
Novus Ordo Missae
«No lugar da ação real, de ordem sacramental, se instala a idéia de "comemoração"».
«No Novus Ordo Missae, o modo narrativo (e não mais sacramental) é explícito na "oração eucarística" no n.° 55, com a fórmula "narração da instituição" e também com a definição da anamnese: "A Igreja faz memória." (memoriam agit) do mesmo Cristo"».
Ordo Missae
«Tomai e comei dele todos vós,
ISTO É DE FATO(8) O MEU CORPO»(9).
Novus Ordo Missae
«TOMAI E COMEI DELE TODOS VÓS: ESTE É () O MEU CORPO OFERECIDO EM SACRIFÍCIO POR VÓS».(10)
«Tomai e bebei dele todos vós,
Ordo Missae
POIS ESTE É DE FATO(11) O CÁLICE DO MEU SANGUE, DA NOVA E ETERNA ALIANÇA - MISTÉRIO DA FÉ! - O QUAL SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR MUITOS EM REMISSÃO DOS PECADOS».(12)
Novus Ordo Missae
«TOMAI E BEBEI DELE TODOS VÓS, POIS ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE PARA A NOVA E ETERNA ALIANÇA, DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS (segundo traduções promulgadas e aprovadas por Roma para vários países) EM REMISSÃO DOS PECADOS».
«FAZEI ISTO EM MINHA MEMÓRIA»(13).Eis o Mistério da Fé.
Ordo Missae
«Todas as vezes que isto fizerdes, fazei-o em memória de mim».(14)
Novus Ordo Missae
«Palavras pronunciadas em forma discursiva, onde parece que se quer ressaltar o caráter de memorial em vez de sacrifício.»
Excerto nosso:
ORDO MISSAE
SIMILI MODO POSTQUAM CENATUM EST, ACCIPIENS ET HUNC PRAECLARUM CALICEM IN SANCTAS AC VENERABILES MANUS SUAS...
DO MESMO MODO, TERMINADA A CEIA, TOMANDO ESTE PRECIOSO CÁLICE EM SUAS SANTAS E VENERÁVEIS MÃOS...
O pronome parece enfatizar a ação que é atualizada agora pelas mãos consagradas do sacerdote.
A Doutrina Católica ensina que Nosso Senhor morreu e continua o Seu Sacrifício sobre o altar para todos os homens; todavia, mesmo se ninguém é excluído, Ele ofereceu a Sua Vida, sobretudo, para os fiéis («Salvator omnium hominum, maxime fidelium» I, Tim. 4, 10), isto é, para aqueles que observam a fé suscitada livremente por Deus, pela caridade serão julgados.
Assim explicou o Catecismo do Concílio de Trento, justamente para barrar a estrada às confusões protestantes.
«Então o Rei lhes dirá: longe de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. Porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber; fui estrangeiro e não me haveis hospedado, nu e não me vestistes; doente e no cárcere e não me visitastes... Em verdade vos digo: todas as vezes que não haveis feito estas coisas a um dos meus irmãos menores, não o fizestes também a mim.» (Mt. 25, 41-45). Ora, ter substituído no Novus Ordo Missae as palavras «por muitos» com «por todos» pode gerar confusão porque, segundo a doutrina luterana, o homem decaído pelo pecado original não tem mais a liberdade de cumprir o bem, mas deve repor a própria confiança unicamente em Jesus Cristo e não nos próprios méritos, nas próprias obras. Quando pretende fazer obras boas por si mesmo não é mais que um orgulhoso que quer passar por cima do «Mediador». O homem, portanto, por meio da Fé é justificado por Deus que o cobre com o manto dos méritos do Salvador. Enquanto o Apóstolo Tiago é muito explícito a respeito: «Assim a fé, se não produz obras, em si mesma está morta» (At 2, 17).
«A aclamação, pois, confiada ao povo depois da Consagração: "Anunciamos a tua morte, Senhor, proclamamos a tua ressurreição, na espera da tua vinda"(15), introduz, mascarada de escatologismo, a enésima ambigüidade sobre a Presença real. Proclama-se, sem solução de continuidade, a espera da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos, justamente no momento em que Ele está substancialmente presente no altar: como se não fosse esta a verdadeira vinda».(16)
Uma coisa é certa.
«As palavras da Consagração, como são inseridas no contexto do «Novus Ordo», podem ser válidas em virtude da intenção do ministro, mas podem também não ser, porque não o são mais pela mesma força das palavras (ex vi verborum) ou mais precisamente não o são mais em virtude do seu significado próprio (modus significandi) que têm no Canon romano do Missal de São Pio V.
«Os sacerdotes que, num próximo futuro, não terão recebido a formação tradicional e que se entregarão ao Novus Ordo com o fim de fazer o que faz a Igreja, consagrarão validamente? É lícito duvidá-lo».(17)
Assistir ao novo rito, além de tudo, significa tornar-se participante da redução daquela glória devida à Infinita Majestade de Deus.
Feitas estas breves, mas substanciais considerações, os católicos fiéis são obrigados em consciência a meditar e a escolher se querem a maior glória de Deus ou se preferem assecundar a volubilidade dos homens: «Respondeu então Pedro junto aos Apóstolos e disseram: "é preciso obedecer a Deus antes que aos homens"» (Atos 5, 29).
É nosso preciso dever suster espiritualmente com a oração, mas também materialmente, todos aqueles Sacerdotes que decidem celebrar o Divino Sacrifício da Santa Missa, essência da Igreja Católica, Corpo Místico de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo o rito plurissecular do «Ordo Missae».
Rito que a Bula «Quo Primum», promulgada pelo Papa São Pio V, codificou e consolidou no uso «imemorável e universal» que regulou a liturgia romana através dos séculos, desde a época de São Gregório Magno até o fim do VI século.
Rezemos também a São José, o maior dos Patriarcas, Patrono da Igreja Universal, a fim de que, mediante a sua intercessão, o Espírito Santo «infunda no coração dos Pastores o Fogo do Seu Amor e acenda em todos nós as chamas da eterna caridade».
Assim explicou o Catecismo do Concílio de Trento, justamente para barrar a estrada às confusões protestantes.
«Então o Rei lhes dirá: longe de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. Porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber; fui estrangeiro e não me haveis hospedado, nu e não me vestistes; doente e no cárcere e não me visitastes... Em verdade vos digo: todas as vezes que não haveis feito estas coisas a um dos meus irmãos menores, não o fizestes também a mim.» (Mt. 25, 41-45). Ora, ter substituído no Novus Ordo Missae as palavras «por muitos» com «por todos» pode gerar confusão porque, segundo a doutrina luterana, o homem decaído pelo pecado original não tem mais a liberdade de cumprir o bem, mas deve repor a própria confiança unicamente em Jesus Cristo e não nos próprios méritos, nas próprias obras. Quando pretende fazer obras boas por si mesmo não é mais que um orgulhoso que quer passar por cima do «Mediador». O homem, portanto, por meio da Fé é justificado por Deus que o cobre com o manto dos méritos do Salvador. Enquanto o Apóstolo Tiago é muito explícito a respeito: «Assim a fé, se não produz obras, em si mesma está morta» (At 2, 17).
«A aclamação, pois, confiada ao povo depois da Consagração: "Anunciamos a tua morte, Senhor, proclamamos a tua ressurreição, na espera da tua vinda"(15), introduz, mascarada de escatologismo, a enésima ambigüidade sobre a Presença real. Proclama-se, sem solução de continuidade, a espera da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos, justamente no momento em que Ele está substancialmente presente no altar: como se não fosse esta a verdadeira vinda».(16)
Uma coisa é certa.
«As palavras da Consagração, como são inseridas no contexto do «Novus Ordo», podem ser válidas em virtude da intenção do ministro, mas podem também não ser, porque não o são mais pela mesma força das palavras (ex vi verborum) ou mais precisamente não o são mais em virtude do seu significado próprio (modus significandi) que têm no Canon romano do Missal de São Pio V.
«Os sacerdotes que, num próximo futuro, não terão recebido a formação tradicional e que se entregarão ao Novus Ordo com o fim de fazer o que faz a Igreja, consagrarão validamente? É lícito duvidá-lo».(17)
Assistir ao novo rito, além de tudo, significa tornar-se participante da redução daquela glória devida à Infinita Majestade de Deus.
Feitas estas breves, mas substanciais considerações, os católicos fiéis são obrigados em consciência a meditar e a escolher se querem a maior glória de Deus ou se preferem assecundar a volubilidade dos homens: «Respondeu então Pedro junto aos Apóstolos e disseram: "é preciso obedecer a Deus antes que aos homens"» (Atos 5, 29).
É nosso preciso dever suster espiritualmente com a oração, mas também materialmente, todos aqueles Sacerdotes que decidem celebrar o Divino Sacrifício da Santa Missa, essência da Igreja Católica, Corpo Místico de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo o rito plurissecular do «Ordo Missae».
Rito que a Bula «Quo Primum», promulgada pelo Papa São Pio V, codificou e consolidou no uso «imemorável e universal» que regulou a liturgia romana através dos séculos, desde a época de São Gregório Magno até o fim do VI século.
Rezemos também a São José, o maior dos Patriarcas, Patrono da Igreja Universal, a fim de que, mediante a sua intercessão, o Espírito Santo «infunda no coração dos Pastores o Fogo do Seu Amor e acenda em todos nós as chamas da eterna caridade».
«Victoria quae vincit mundum Fides nostra» (lJo.5,4)
10 de Junho a.D. 2004, Festa do Corpus Domini
* * *
Notas:
(1) Dogma - Verdade revelada por Deus, e como tal, proposta autenticamente pelos Pais da Igreja para ser acreditada por todos, com a garantia da infalibilidade.
(2) "Eu te digo que sois Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; e as portas do inferno não prevalecerão contra ela ". (Mt. 16, 18)
(3) "Não o abandone à malícia de seus inimigos" (da "Oração pelo Papa").
(4) Cardeais A. Ottaviani e A. Bacci, Breve exame crítico do Novus Ordo Missae, apresentado a Paulo VI no dia 5 de Junho de 1969, Festa de Corpus Domini, do qual tiramos todos os textos que seguem reproduzidos entre aspas.
(5) "Cena dominica sive Missa est sacra synaxis seu congregatio populi Dei in unum convenientis, sacerdote praeside, ad memoriale Domini celebrandum. Quare de sanctae ecclesiae locali congregatione eminenter valet promissio Christi Ubi sunt duo vel ires congregati in nomine meo, ibi sum in medio eorum (Mt. 18, 20)." (v. "Institutio generalis", 3.4.1969, del Novus Ordo Missa').
(6) Benedíctus es, Dómine, Deus univérsi, quia de tua largitáte accépimus panem, quem tibi offérimus, fructum terræ et óperis mánuum hóminum: ex quo nobis fiet panis vitæ. … Benedíctus es, Dómine, Deus univérsi, quia de tua largitáte accépimus vinum, quod tibi offérimus, fructum vitis et óperis mánuum hóminum, ex quo nobis fiet potus spiritális.
(7) “Deus, + qui humanæ substantiæ dignitatem mirabiliter condidisti, et mirabilius reformasti: da nobis per hujus aquæ et vini mysterium, ejus divinitatis esse consortes, qui humanitatis nostræ fieri dignatus est particeps, Jesus Christus Filius tuus Dominus noster: Qui tecum vivit et regnat in unitate Spiritus Sancti Deus: per omnia sæcula sæculorum. Amen” – “Ó Deus, + que maravilhosamente criastes em sua dignidade a natureza humana e mais prodigiosamente ainda a restaurastes, concedei-nos, que pelo mistério desta água e deste vinho, sermos participantes da divindade daquele que se dignou revestir-se de nossa humanidade, Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor Nosso, que sendo Deus convosco vive e reina em unidade com o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.”
(8) No texto latino "enim", quer dizer: ''de fato", "na verdade", "realmente".
(9) Accipite, et manducate ex hoc omnes:
HOC EST ENIM CORPUS MEUM.
(10) ACCÍPITE ET MANDUCÁTE EX HOC OMNES: HOC EST ENIM CORPUS MEUM, QUOD PRO VOBIS TRADÉTUR.(11) No texto latino "enim", quer dizer: ''de fato", "na verdade", "realmente".
(12) Accipite, et bibite ex eo omnes:
HIC EST ENIM CALIX SANGUINIS MEI, NOVI ET ÆTERNI TESTAMENTI: (MYSTERIUM FIDEI) QUI PRO VOBIS ET PRO MULTIS EFFUNDETUR IN REMISSIONEM PECCATORUM.
(13) ACCÍPITE ET BÍBITE EX EO OMNES: HIC ESTE ENIM CALIX SÁNGUINIS MEI NOVI ET ÆTÉRNI TESTAMÉNTI, QUI PRO VOBIS ET PRO MULTIS EFFUNDÉTUR IN REMISSIÓNEM PECCATÓRUM. HOC FÁCITE IN MEAM COMMEMORATIÓNEM.
(14) (Terminadas essas palavras, o sacerdote depõe o cálice sobre o corporal e diz): Haec quotiescumque feceritis, in mei memoriam facietis.
(15) Mortem tuam annuntiámus, Dómine, et tuam resurrectiónem confitémur, donec vénias.
(16) Breve exame crítico... op. cit.
(17) Idem.
Glossário
Herético - Quem se opõe à verdade revelada por Deus e proposta autenticamente pelos Pais da Igreja.
Gnose - Conhecimento. Historicamente este termo, à partir do 2o século se confundiu com o seguinte:
Gnosticismo - Orientamento filosófico-religioso segundo o qual é possível chegar por via racional e iniciação ao conhecimento superior dos profundos motivos religiosos especialmente do Cristianismo.
Cisma - Separação da Igreja, rejeitando sua doutrina e dogmas, com a adesão a outra igreja autônoma.
Sincretismo - Propriamente "confederação ao modo cretense". Fusão de elementos culturais e doutrinais de várias religiões, mesmo em modo incoerente.
Teosofia - Conhecimento (Sofia) de Deus (Théos); sistema sincrético com diversas religiões. Contacto direto com os espíritos superiores.
Antroposofia - Variação da teosofia ideada por Rudolf Steiner para incluir o cristianismo detestado pela teosofia de Mme. Blavatsky. Inspirou o teatro rapsódico ao qual participou o jovem Karol Wojtyla. Sua sede é o templo do Goetheanum em Dornach, Suíça.
Publicado na Suíça por Ad maiorem Dei gloriam
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